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Acredite...


Fé e medo são dois lados da mesma moeda

"Todo mundo ama um dia,
todo mundo chora um dia
a gente chega e o outro vai embora" -
Tocando em frente


 
-Não posso, não posso, de novo não – ela disse sem parar e desesperadamente ao entrar no apartamento.
- Não pode o que Claire? – perguntou Frances, sua amiga que estava deitada confortavelmente lendo no sofá.
-Não posso Frances... Simplesmente não posso porque não acredito. – Claire sentou ao lado da amiga que deixou o livro de lado para tentar entender as loucuras que estava ouvindo.
- Espera – disse – qual o problema?
- O problema? – riu sarcasticamente – O problema é que não posso me envolver, isso tudo não passa de uma ilusão, eu sei disso, sei lá no fundo – levantou e começou a andar de um lado pro outro – sei que não mereço isso, isso nunca aconteceu.
- Dá pra parar de andar de um lado pro outro e ficar quieta, Claire? – Frances levantou, indicou o sofá para Claire sentar, esperou que ela o fizesse e cruzou os braços – Olha aqui... Você tá com medo, não é? Medo de estar vivendo um sonho, de quebrar a cara, tá com medo do desconhecido e de ser feliz. Larga de ser trouxa, Claire! Você vive fugindo daquilo que te faz bem; vive interrompendo as coisas pela metade; vive se culpando por crimes que não cometeu.
                Claire levantou, foi até a janela, esperou um pouco e depois se virou para a amiga dizendo:
-Você diz isso tudo, mas sabe que não funciona. Você é uma sonhadora boba que acredita demais nas pessoas. Seu problema é esse, Frances.
-Ou talvez o seu problema seja não ter um pouco de fé em si mesma. 
-Fé? – Claire caminhou para a cozinha e pegou um copo d’água. – O que você entende de fé?
                Frances era expert nesse assunto. Em crer. Acreditar. Sim, ela já havia sofrido muito ao acreditar demais, ao esperar demais, só que a fé que as decepções lhe ensinaram foi o melhor presente que ela poderia imaginar possuir. Porque fé é isso mesmo: a gente só ganha quando perde o medo. De tentar. De arriscar. De caminhar sem olhar pra trás, sem preocupar com os espinhos, buracos, curvas à frente. 
                A garota de olhos castanhos escuros, um corpo esguio e um coração do tamanho do mundo olhou para a amiga que parecia uma estátua de um anjo perdido à sua frente.
-Fé, Claire, é dar uma chance ao desconhecido. Recompensa de fé é descobrir que aí dentro – apontou a amiga – existe um altar pronto pra receber seus medos, tristezas, anseios e te dar em troca toda a felicidade da face da Terra.
                As duas ficaram em silêncio durante um tempo.
-Tenho medo.
-E quem não tem, Claire? Mas isso a gente supera.
-Como?
-Ah, querida! – Frances foi até a janela da sala, abriu-a e olhou para baixo – Do jeito mais simples e bonito que existe: vivendo. – Ela sorriu à amiga. – Ele ainda está lá embaixo. Não deixe a felicidade escapar por medo de não merecer ser feliz. A felicidade é difícil de encontrar justamente porque ela vem até nós aos poucos, sendo construída num caminho tortuoso e se ela está aqui pra você... Viva.
 Isa G.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixa entrar o sol ou o cinza dos dias,bem assim: que seja doce

Caio Fernando de Abreu

Fonte aqui.

O homem apaixonado


Excelente texto da Lilian Maial, sobre o homem apaixonado. Eu encontrei no blog O Homem Apaixonado e achei que seria legal dividí-lo com vocês. Eis o texto (É longo, eu sei, mas vale a pena).

Se você conheceu um homem apaixonado, verdadeiramente apaixonado, você conheceu o que há de melhor nesse mundo.É fácil e comum, nos dias de hoje, encontrar uma mulher apaixonada. As mulheres parecem ter sido feitas para a paixão (ao menos é o que nos dizem desde que nascemos). Mas homens, esses foram feitos para as batalhas sangrentas do dia a dia, para as dificuldades financeiras, para a luta pela sobrevivência, para o silêncio de sentimentos (assim pensa a nossa sociedade).

“O amor é simplesmente… o amor.”


O amor não é algo que te faz sair do chão e te transporta para lugares que nunca tenha visto. O nome disso é avião. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que esconde dentro de vc e não mostra para ninguém. Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala. O nome disso é bronquite asmática. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que chega de repente e te transforma em refém. Isso se chama seqüestrador. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por onde passa. Isso se chama pombo com caganeira. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que você pode prender ou botar pra fora de casa quando bem entender. Isso se chama cachorro. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que lançou uma luz sobre você, te levou pra ver estrelas e te trouxe de volta com algo dele dentro de ti. Isso se chama alienígena. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia mudar o que está diante de você. Isso se chama controle remoto de TV. O amor é outra coisa.

“O amor é simplesmente… o amor.”

Era dia 7 de outubro...


Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.