Will e Jaden Smith em cena do filme 'Depois da Terra', do diretor M. Night Shyamalan, o mesmo de 'O sexto sentido' (Foto: Divulgação) |
Produzida a partir de uma história original do astro Will Smith, com o intuito de criar um veículo para seu filho, Jaden Smith, a ficção científica "Depois da Terra", de M. Night Shyamalan, surpreende pela falta de ousadia, inclusive nas sequências visuais.
Ambientada num futuro distante, mil anos depois que a Terra foi esvaziada na sequência de uma série de cataclismas e a humanidade encontrou um novo lar em Nova Prime, a história coloca Will Smith como o general Cypher Raige, um homem a quem um magistral controle do medo impede que seja detectado pelas "ursas", uma temível espécie geneticamente criada para matar os humanos, não se sabe por quais alienígenas.
Ambientada num futuro distante, mil anos depois que a Terra foi esvaziada na sequência de uma série de cataclismas e a humanidade encontrou um novo lar em Nova Prime, a história coloca Will Smith como o general Cypher Raige, um homem a quem um magistral controle do medo impede que seja detectado pelas "ursas", uma temível espécie geneticamente criada para matar os humanos, não se sabe por quais alienígenas.
É duro competir com um pai durão desses, mas o garoto Kitai (Jaden Smith) bem que tenta, esforçando-se ao máximo nos treinamentos para se tornar um dos Rangers, o corpo de guerreiros que defende o novo planeta. Mas sua própria ansiedade está trabalhando contra ele e, mais uma vez, ele não consegue passar da posição de cadete.
Voltando para casa, o pai acha boa ideia levar o menino para uma viagem de trabalho, uma inspeção de rotina num outro planeta. A jornada termina mal, com a nave avariada por uma tempestade de asteroides, que provoca sua queda num planeta em que avisos sonoros dizem que não é permitido pousar, porque ali a natureza e todos os espécimes são predadores dos humanos. O planeta nada mais é do que a Terra.
Os únicos sobreviventes, claro, são Cypher e Kitai. Não se sabe ainda o que ocorreu com a "ursa" aprisionada a bordo, que iria servir para treinamento de tropas. Acontece que Cypher fraturou as duas pernas. Assim, cabe a Kitai uma jornada arriscada de 100 quilômetros, em busca da cauda da nave, onde ficou o único sinalizador que ainda pode funcionar para pedir ajuda para os dois.
A ideia de colocar todo o peso da aventura nas costas de Kitai, afinal, resulta prejudicada. Faz falta ao bom andamento do filme o carisma inegável de Will Smith, que tão bem funcionou numa história de temática semelhante, "Eu sou a lenda"(2007). Aqui, Smith fica o tempo todo sentado e dopado por analgésicos, monitorando o filho por um visor e lhe passando instruções por um sensor que ele tem no uniforme de sobrevivência.
Com 14 anos, e já tendo dividido a tela com o pai sete anos atrás no drama "À procura da felicidade", Jaden tem a tarefa ingrata de carregar sozinho a missão perigosa – enfrentando aranhas, cobras, sanguessugas tóxicas, aves de rapina, babuínos enlouquecidos e, claro, a "ursa". E também a de carregar o filme, sem ter ainda condições para isso. Não é justo com um garoto, um ator ainda em formação.
O diretor Shyamalan, contratado aqui, divide os créditos do roteiro com Gary Whitta ("O livro de Eli") e trabalha num visível piloto automático, num filme sem qualquer assinatura. As situações de perigo, os efeitos especiais e também as cenas familiares parecem todas protocolares.
Voltando para casa, o pai acha boa ideia levar o menino para uma viagem de trabalho, uma inspeção de rotina num outro planeta. A jornada termina mal, com a nave avariada por uma tempestade de asteroides, que provoca sua queda num planeta em que avisos sonoros dizem que não é permitido pousar, porque ali a natureza e todos os espécimes são predadores dos humanos. O planeta nada mais é do que a Terra.
Os únicos sobreviventes, claro, são Cypher e Kitai. Não se sabe ainda o que ocorreu com a "ursa" aprisionada a bordo, que iria servir para treinamento de tropas. Acontece que Cypher fraturou as duas pernas. Assim, cabe a Kitai uma jornada arriscada de 100 quilômetros, em busca da cauda da nave, onde ficou o único sinalizador que ainda pode funcionar para pedir ajuda para os dois.
A ideia de colocar todo o peso da aventura nas costas de Kitai, afinal, resulta prejudicada. Faz falta ao bom andamento do filme o carisma inegável de Will Smith, que tão bem funcionou numa história de temática semelhante, "Eu sou a lenda"(2007). Aqui, Smith fica o tempo todo sentado e dopado por analgésicos, monitorando o filho por um visor e lhe passando instruções por um sensor que ele tem no uniforme de sobrevivência.
Com 14 anos, e já tendo dividido a tela com o pai sete anos atrás no drama "À procura da felicidade", Jaden tem a tarefa ingrata de carregar sozinho a missão perigosa – enfrentando aranhas, cobras, sanguessugas tóxicas, aves de rapina, babuínos enlouquecidos e, claro, a "ursa". E também a de carregar o filme, sem ter ainda condições para isso. Não é justo com um garoto, um ator ainda em formação.
O diretor Shyamalan, contratado aqui, divide os créditos do roteiro com Gary Whitta ("O livro de Eli") e trabalha num visível piloto automático, num filme sem qualquer assinatura. As situações de perigo, os efeitos especiais e também as cenas familiares parecem todas protocolares.
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo seu comentário. Espero que tenha gostado do blog e que continue nos visitando! Curta nossa Fan Page